O artista foi o responsável pela obra inédita que integrou o projeto “A Justiça Federal nos 35 anos da Constituição da República”
É com pesar que o Conselho da Justiça Federal (CJF) recebeu a notícia do falecimento, aos 88 anos, do xilogravurista, cordelista e poeta brasileiro J. Borges, na sexta-feira (26/7). O artista marcou a história da Justiça Federal brasileira ao produzir a obra inédita “Justiça Federal: Transformando o Brasil com justiça social”, que integrou as ações do projeto A Justiça Federal nos 35 anos da Constituição da República.
Na xilogravura, encomendada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em alusão às três décadas e meia da Carta Magna de 1988, são ilustradas algumas áreas de atuação da Justiça Federal, como a defesa dos direitos dos povos indígenas e quilombolas, autorização de aposentadorias rurais e de outros benefícios sociais e defesa do meio ambiente.
A presidente e o vice-presidente do CJF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura e ministro Og Fernandes, respectivamente, lamentaram a perda do artista que deixou um legado gravado nos corações brasileiros.
A ministra Maria Thereza afirmou que a morte de J. Borges representa a perda de um dos maiores ícones da cultura popular brasileira: “É com tristeza que o Brasil se despede de alguém tão inspirador, que nos marcou com sua arte sincera e original e que contribuiu para difundir e valorizar a nossa cultura. Posso dizer que seu legado será sempre lembrado e reverenciado pelas próximas gerações”.
“Para além de uma carreira de importância imensurável, tivemos a honra de ter registrada, na memória do Judiciário brasileiro, a marca do mestre pernambucano que retratou, de maneira única, a contribuição da Justiça Federal para a consolidação do Estado Democrático de Direito. Sua obra marcou a história da Justiça Federal com brasilidade e autenticidade, mostrando, em seus traços que a Justiça é, de fato, para todos”, registrou o ministro Og Fernandes.
Sobre o artista
José Francisco Borges, mundialmente conhecido como J. Borges, nasceu em 20 de dezembro de 1935 em Bezerros, Pernambuco. Seu trabalho já foi exibido em museus da Suíça, México, China, Japão, França, Estados Unidos e Venezuela. Também ilustrou a capa de livros de escritores como Eduardo Galeano e José Saramago. O mestre da xilogravura era considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Obra comemorativa
O projeto A Justiça Federal nos 35 anos da Constituição da República foi organizado pela Corregedoria-Geral da Justiça Federal (CG), em 2023, em alusão às três décadas e meia da Carta Magna de 1988. As ilustrações de J. Borges em homenagem à Justiça Federal, também compuseram o projeto gráfico das agendas e calendários institucionais, produzidos pela Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) do CJF em 2024.
*Fonte: CJF
CJF: Justiça Federal lamenta a morte do xilogravurista J. Borges* foi postado em Portal TRF2.