Conematra: importância da cooperação judiciária é destaque no último dia do evento*

78ª reunião do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura Trabalhista (Conematra)

 

A cooperação entre as Escolas Judiciais dos Tribunais que integram o Fórum Permanente do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo (Fojures) foi um dos destaques da programação deste último dia

Após dois dias de intensos debates e troca de experiências, terminou, na sexta-feira (30/8), a 78ª reunião do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura Trabalhista (Conematra). As professoras Acácia Kuenzer (UFRP) e Gilsilene Francischetto (FDV) apresentaram os resultados da oficina realizada no primeiro dia do evento, sobre “Metodologias ativas para a concretização dos ODS: estratégias de introdução na programação das Escolas”.

 

Professora Gilsilene e Acácia conduziram a oficina realizada no primeiro dia do evento

 

A cooperação entre as Escolas Judiciais dos Tribunais que integram o Fórum Permanente do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo (Fojures) foi um dos destaques da programação deste último dia. O debate foi mediado pela desembargadora-presidente do TRT-17, Daniele Santa Catarina, que citou exemplos de ações implementadas a partir da parceria entre os Tribunais.

O juiz federal Aylton Bonomo Júnior, do TRF-2, falou sobre o comitê criado em abril deste ano, com representantes das escolas do TRT-17, TRF-2, TRE-ES e TJES. A partir de um mapeamento da programação de cursos e eventos de cada integrante, explicou o magistrado, foram identificados temas que interessam a vários tribunais.

“Percebemos que é possível juntar turmas e oferecer uma só capacitação. Não se trata apenas de compartilhamento de cursos, mas sim de um planejamento conjunto, em prol da eficiência administrativa”, disse Bonomo.

 

Programação do último dia realizada na sala de aula da Ejud-17 / Presidente do TRT-17, mediou painel sobre Fojures, com juiz federal Aylton Bonomo

 

Cooperação judiciária: da pirâmide à teia de aranha

A conferência de encerramento “A Cooperação Interinstitucional – Fundamentos da Cooperação Judiciária” foi ministrada pelo procurador da República e professor titular da UERJ Antônio do Passo Cabral. O palestrante defendeu a integração entre os juízes. Comparou as facilidades de hoje às antigas cartas precatórias, “um negócio medieval”.

De acordo com o palestrante, atualmente há muitas formas de combinação entre os magistrados. Eles podem se engajar em projetos comuns, fundir atividades, dividir trabalhos e até formar colegiados. “Os juízes passam a se perceber como parte de uma engrenagem única, como parte de um todo.”

Para Cabral, na lógica da cooperação, a imagem não é mais a de uma pirâmide. “A imagem é a de uma rede, ou de uma teia de aranha, com vários pontos de apoio, pontos do sistema, que se suportam.”

 

Presidente da Conematra, desembargador Paulo Botelho (à direita) / Último palestrante do evento, o procurador da República Antônio Cabral (ao centro)

 

Próxima reunião

Na assembleia unificada, incluindo magistrados e servidores, foram definidas as próximas ações. O presidente do Conematra, desembargador Paulo Régis Machado Botelho, agradeceu a hospitalidade da Escola Judicial do TRT-17 e anunciou que a próxima edição do evento será sediada pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE), nos dias 22 e 23 de outubro.

Encerrando a 78ª reunião do Conematra, a diretora da Escola Judicial da 17ª Região, desembargadora Ana Paula Tauceda Branco, agradeceu ao diretor-geral do TRT-17, Carlos Tadeu Goulart, e a todas as equipes técnicas que deram suporte: servidores da Secretaria da Escola Judicial, da Comunicação, da Informática, da Segurança, técnicos de áudio, copeiras e garçons, tradutores de Libras e menores aprendizes.

*Fonte: SJES, com informações do TRT-17

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