Os três entrevistados retratados nas imagens que ilustram a matéria têm em comum um currículo relativamente breve, mas indubitavelmente respeitável. Todos já cursaram ou estão cursando uma especialização, gostam de pesquisa jurídica ou participaram de iniciativas destinadas a debater questões relacionadas ao Direito e Cidadania com alunos da rede pública de ensino.
O trio compartilha ainda o fato de serem jovens advogados inscritos na 2ª Subseção da OAB/ES e estarem vivenciando a experiência de começar a escrever sua história profissional na advocacia do sul do estado do Espírito Santo. A advogada Danielle Scarpi Costa, por exemplo.
Graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em março deste ano, ela estagiou no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e atuou no projeto de extensão “Diálogos na Escola”, em Macaé (RJ), antes de compor o quadro de advogados inscritos na OAB Cachoeiro. Quando começou a participar dos eventos promovidos pela subseção, confessa que um dos pontos que despertou curiosidade foi a diversidade e o número de comissões existentes.
“A pluralidade de comissões da 2ª Subseção foi algo que me deixou bastante entusiasmada. Pretendo participar da Comissão de Direitos Sociais e da Comissão de Direitos dos Animais, em especial pelo interesse em estudar e discutir o contexto sanitário, ambiental e socioeconômico que enfrentamos, bem como em atuar socialmente nessas áreas”, informa Danielle.
Na opinião da advogada a ausência de experiência é uma das principais dificuldades enfrentadas pelo jovem advogado, o que, segundo explica, “ressalta ainda mais a importância das palestras, eventos e cursos promovidos” pela OAB Cachoeiro. “Isso porque, além de contribuir com a nossa inserção no mercado, são experiências que possibilitam a capacitação sob o aspecto mais prático e até mesmo um direcionamento no início da carreira”, diz Danielle.
Tal ponto de vista é compartilhado pela também jovem advogada Marciele Filgueiras de Almeida. Pós-graduanda em Processo Penal pela Instituto Damásio de Jesus, da Faculdade Ibmec, ela cultiva o hábito de escrever artigos jurídicos e valoriza a “network” que a subseção proporciona à advocacia regional por meio das comissões e grupos que ajudam nas interações profissionais, o que, como argumenta, acaba por gerar uma rede de colaboração entre a classe.
“A 2º Subseção sempre busca trazer cursos e palestras de temas relevantes, com a preocupação de atender as necessidades do mercado e ofertando para a classe a oportunidade de se manter atualizada”, comenta Marciele.
Outro defensor das iniciativas promovidas pela OAB Cachoeiro, é o jovem advogado Roberth Ancelmo Ribeiro. Especialista em Direito Público, atuante nas áreas de Direito Previdenciário e Direito Internacional Privado e autor de publicações em periódicos nacionais, incluindo um capítulo de livro, ele é partidário do entendimento de que a realização de tais eventos contribui consideravelmente para a capacitação e prática dos novos advogados, que, embora adquiram grande conhecimento teórico ao longo dos cinco anos do curso de direito, não possuem toda a expertise necessária para a prática jurídica.
“Ademais, a oferta de formações em áreas alheias ao direito, como inovação, mercado e empreendedorismo, suprem uma necessidade que não é atendida pelos cursos superiores. Logo, a oferta dessas capacitações por parte da 2ª Subseção é imprescindível, e mostra a preocupação e o cuidado da OAB Cachoeiro com os novos advogados”, explica Roberth.
Vem dele também uma bela definição do que significa compor o quadro de advogados inscritos na 2ª Subseção da OAB-ES:
“Nós, neófitos, somos o futuro dessa classe, que tem o nobre dever de defender os direitos de todas as pessoas e as instituições do Estado Democrático de Direito. Tenho certeza de que os colegas mais experientes têm muito a nos ensinar, mas é necessário que entendam nossas dúvidas e necessidades, e essa é uma generosa oportunidade. Até por isso é gratificante estar inscrito e poder contar com o apoio da diretoria e dos conselheiros, bem como da secretaria, que sempre estão dispostos a atender as solicitações dos advogados de forma atenciosa. Acredito que esse também seja o sentimento de todos os advogados que compõem a OAB Cachoeiro, especialmente os que estão iniciando sua jornada na advocacia, que têm à disposição o projeto ‘Meu Escritório’, que oferece toda a infraestrutura necessária para que, aqueles que não contam com escritório próprio, possam atender seus clientes da melhor forma”, justifica. O argumento, sem dúvida, é extremamente válido.