Magistrados e servidores do TRF2 participam de curso sobre linguagem simples no auditório da Corte

Cerca de 50 pessoas, entre magistrados e servidores, participaram na segunda-feira (10/06), de um curso sobre novas maneiras de comunicação, no auditório do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro. O curso “Da oralidade aos algoritmos e a mudança da linguagem: aprendendo sobre Legal Design, Visual Law e linguagem simples”, promovido pela Divisão de Desenvolvimento de Pessoas, Estratégia e Relatórios (DIDER/SGP), com o apoio do Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS/TRF2), segue recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tribunais devem utilizar linguagem simples, clara e acessível em comunicações e atos, com o uso, sempre que possível, de elementos visuais que facilitem a compreensão da informação o que pode ajudar a reduzir a necessidade de conhecimento prévio de termos técnicos.

Em dinâmicas de grupo, magistrados e servidores criaram projetos com linguagem simples que facilitam a compreensão pelos usuários. A palestrante do dia foi Silvia Piva, mestre e doutora em Direito pela PUC-SP, que falou sobre o uso e as boas práticas da inteligência artificial. Ela abordou ainda temas como o “design jurídico”, destacando o “design thinking e o “legal design”.

 

Sílvia Piva inicia o primeiro dia de curso sobre Legal Design

 

O “legal design”, explicou Silvia, ajuda as pessoas a compreenderem a complexidade de assuntos jurídicos. Além disso, torna mais fácil o acesso de cidadãos a serviços e melhora a interface da população com o sistema jurídico, através de uma navegabilidade mais simples. Em resumo, essa nova forma de transmitir informações se vale do uso de elementos do design, como destaques em cores, imagens, ícones, infográficos etc.

A professora defende que o ser humano está no centro do “design thinking”, buscando entender quais seus problemas e desafios. Para isso acontecer, deve haver empatia. A partir daí, definir, idealizar e testar os modelos a serem implantados. Como exemplo de sucesso, Silvia Piva lembrou de um caso que aconteceu na Alemanha. Um hospital de Düsseldorf passou a lidar com a ansiedade e a angústia de pacientes internados com Mal de Alzheimer, por meio de uma dramatização da alta e do desejado retorno do doente ao seu lar. Para Silvia, foi uma solução inteligente e humanizada, com baixo custo, que traz bem-estar a todos. “Os doentes se sentiram acolhidos”, enfatizou Piva.

 

Formação de grupos de trabalho durante o primeiro dia de curso

 

O curso vai até 11/06 com a palestra e as dinâmicas comandadas pela professora Danielle Serafino, especialista em “Legal Design” e coordenadora no Estado de São Paulo de pesquisa sobre o uso do “Visual Law” no Judiciário.

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