Presidente do TRF2 participa de fórum sobre violência doméstica na África do Sul

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal Guilherme Calmon, participou nesta terça-feira, em Joanesburgo, na África do Sul, da abertura do Fórum sobre Violência Doméstica e a Convenção da Haia de 1980, que trata da subtração internacional de crianças. O magistrado é coordenador da Rede Brasileira de Juízes da Haia, formada por desembargadores dos seis TRFs do país.

Designado para essa função pela Presidência do Supremo Tribunal Federal, o grupo atua para tornar mais rápida, e com maior segurança jurídica, a solução de litígios envolvendo os judiciários de outras nações contratantes da Convenção da Haia de 1980.

 

Da esquerda para a direita: André Veras (Ministério das Relações Exteriores), desembargador federal Guilherme Calmon, Carolina de Campos Melo (Advocacia Geral da União), Boni Soares (Advocacia Geral da União), Michelle Najara (Autoridade Central brasileira) e Juliano Alves Martins (Ministério das Relações Exteriores)

 

O encontro é organizado pelo Governo da África do Sul, pelo Centro de Direito Infantil (Centre of Child Law) da Universidade de Pretória e pela Conferência da Haia sobre Direito Internacional Privado (HCCH).

No seu discurso de boas-vindas, o secretário-geral da HCCH, Christophe Bernasconi, lembrou que o debate sobre violência tem que estar sempre presente na sociedade. “Não pretendemos a adoção de conclusões e recomendações, mas trabalharemos incansavelmente por um relatório final. Se for o caso, poderemos até mesmo ter uma nova edição do fórum já no ano que vem”, ressaltou Bernasconi.

Para o presidente do TRF2, Guilherme Calmon, o fórum é fundamental porque aproxima Estados partes, a Conferência da Haia e entidades da sociedade civil que atuam na defesa dos interesses das mulheres vítimas de violência doméstica e das crianças. “Além das agressões que sofrem em casa, centenas de mães se veem longe de seus filhos. Precisamos estar presentes, em defesa delas e na luta para assegurar o direito das crianças”, disse o magistrado.

Na quinta-feira (20/06), com juízes do Reino Unido, Alemanha e África do Sul, Guilherme Calmon discutirá decisões de retorno ou não-retorno de menores para seus países de origem, avaliando os riscos em casos de violência doméstica.

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