Na última sexta-feira (17), foi realizado o painel O papel do Estado na superação do Racismo: diálogos com o Poder Judiciário. O evento, na Escola Judicial, foi aberto pela vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES), Alzenir Bollesi de Plá Loeffler, representando a Presidência, e pelas juízas Anna Beatriz Matias Diniz de Castilhos Costa, coordenadora do Subcomitê Gestor Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, e Suzane Schulz Ribeiro, coordenadora do Subcomitê de Incentivo à Participação Institucional Feminina e vice-coordenadora do Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e do Assédio Sexual. As duas magistradas atuaram como mediadoras. A juíza Anna Beatriz Costa falou sobre a importância do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial (Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial – Portal CNJ), e seus quatro eixos de atuação. Já a magistrada Suzane Schulz ressaltou a necessidade de reconhecer a existência do racismo e identificar “como ele interfere nas nossas relações sociais”. A desembargadora Alzenir Loeffler ao centro da mesa. As juízas Anna Beatriz Costa e……Suzane Schulz atuaram como mediadoras.Pacto de Silêncio O Racismo Estrutural e Institucional: interface entre a sociedade e o Estado brasileiro foi tema da primeira palestra, apresentada pelo doutor em Educação e professor da Ufes Gustavo Forde. Ele abordou o racismo como uma “política de Estado”, assim como os genocídios indígenas e africanos. O professor falou sobre o “Pacto de Silêncio” que existe na sociedade, permitindo e autorizando o racismo institucional. “O Estado brasileiro não reage diante do racismo. O Estado brasileiro opera de forma racista e criminosa”, afirmou o autor do livro “Vozes negras na História da Educação: racismo, educação e movimento negro no Espírito Santo”. Para a plateia formada por magistrados, servidores e estudantes de Direito, Gustavo deixou a seguinte sugestão: apresentar uma proposta ao CNJ de instituir uma disciplina obrigatória sobre Racismo nos cursos de Direito. O professor Gustavo Ford falou sobre o “pacto de silêncio” na sociedade……que permite o racismo institucional.Sistema racista A segunda palestrante, também professora da Ufes, foi Juliana Teixeira, que abordou A Interseccionalidade como Ferramenta para Equidade Racial no Trabalho. Doutora e mestra em Administração, Juliana é autora do livro “Trabalho Doméstico”. A professora falou sobre a desumanização das pessoas negras. “Ao negar a humanidade do negro, não é preciso reconhecê-lo como cristão”, disse, citando exemplos, dentre outros, de jogadores chamados de “macacos”. Lembrou também como as pessoas negras são naturalmente associadas a trabalhos de servidão. “Precisamos nos reconhecer enquanto parte de um sistema racista”, afirmou. Juliana Teixeira falou sobre a desumanização do negro.Magistrados, servidores e estudantes de Direito lotaram o auditório da Ejud.Matéria de teor meramente informativo, sendo permitida sua reprodução mediante citação da fonte. Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) Coordenadoria de Comunicação Social e Cerimonial (CCOM) – [email protected] Texto: Cristina Fagundes / Fotos: Larissa Pinheiro, estagiária sob supervisão da CCOM.
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