Valorização da advocacia

Em um período em que o protagonismo feminino no universo jurídico capixaba era ainda uma exceção, a advogada Maria Lúcia Cheim Jorge se destacou como uma figura de liderança. Inscrita na 2ª Subseção da OAB-ES, Maria Lúcia foi a primeira mulher a presidir a subseção, no relativamente distante triênio entre os anos de 1995 e 1997. Ela não apenas ajudou a quebrar barreiras de gênero, mas também impulsionou significativos avanços para a advocacia regional. Na entrevista concedida ao advogado e jornalista Wellington Cacemiro, coordenador da Comissão de Comunicação, a advogada compartilhou experiências, desafios e realizações.

Quais foram os principais avanços e mudanças que ocorreram ao longo do período em que esteve envolvida com a 2ª Subseção?

O maior avanço foi a ascendência da mulher ao conquistar seu espaço na advocacia capixaba, que conta hoje com um número expressivo de advogadas altamente capacitadas e respeitadas.

Quais foram os principais projetos e iniciativas que a senhora liderou durante o seu mandato como a primeira mulher presidente da Subseção?

Meu objetivo sempre foi a valorização do advogado como elemento indispensável à justiça e, dentre vários projetos colocados em prática, lembro-me com orgulho e carinho da implementação do informativo da OAB, onde vários artigos jurídicos foram publicados por colegas atuantes na advocacia capixaba e a instituição da solenidade de entrega das carteiras da OAB. Também iniciamos o projeto de realização da sede própria da 2ª Subseção com a aquisição de um terreno, instituímos a comenda para advogado ausente, oportunidade em que homenageamos o Dr. Sergio Bermudes, e também promovemos momentos de formação através de palestras com vários advogados brilhantes.

Quais foram os maiores desafios que a senhora enfrentou enquanto presidente e como os superou?

Nosso maior desafio foi mostrar aos advogados a força da instituição e a importância da valorização de nossa função na sociedade. Conseguimos tal feito com muito trabalho, dedicação e apoio da própria classe.

De igual modo, quais foram os momentos mais gratificantes que vivenciou quando esteve à frente da OAB Cachoeiro de Itapemirim?

Ver que a classe de advogados da 2ª Subseção estava envolvida com os projetos da OAB, fazendo-se presente e participando ativamente dos encontros e palestras que conseguimos promover sobre temas jurídicos importantes para a época.

Em sua opinião, qual é o legado que acredita ter deixado após o término do seu mandato?

Busquei deixar o legado de credibilidade e respeito dos advogados com a própria classe, que tanto me apoiou durante meu mandato.