A 2ª Subseção da OAB-ES emitiu nota oficial no início da tarde desta quinta-feira (31), esclarecendo que não realiza nem promove pesquisas eleitorais para as eleições gerais do sistema OAB. A votação acontecerá no próximo dia 22 de novembro. Segundo a nota, a responsabilidade por tais sondagens é exclusivamente dos grupos que disputam cargos na Subseção, não havendo qualquer vínculo institucional com a OAB Cachoeiro de Itapemirim.
Com as eleições gerais da OAB-ES se aproximando, advogados e advogadas de Cachoeiro de Itapemirim e dos municípios de Atílio Vivácqua, Vargem Alta, Muqui e Mimoso do Sul têm manifestado na internet, sobretudo em grupos da advocacia no aplicativo WhatsApp, que estão sendo alvo de pesquisas eleitorais por telefone. Os relatos informam que as ligações são insistentes e, quando atendidas, os inscritos são consultados sobre preferências para a próxima gestão da Ordem.
O procedimento, oficialmente permitido até o próximo dia 22 de novembro, visa captar a opinião da categoria sobre os candidatos concorrentes. A prática, contudo, tem gerado questionamentos sobre o uso adequado dos dados de contato dos advogados e advogadas. Parte dos que se manifestaram relatou um volume expressivo de chamadas, levando alguns a indagarem sobre os limites da utilização dessa metodologia.
A postura de isenção defendida oficialmente pela 2ª Subseção da OAB-ES e expressa na nota informativa publicada nesta quinta-feira em sua página oficial no Instagram é vista como uma forma de preservar a transparência do processo eleitoral.
Segundo relatos de parte dos advogados abordados, as pesquisas realizadas até o momento têm adotado formatos variados, desde ligações automáticas até consultas com operadores. Com uma corrida eleitoral aquecida, muitos inscritos expressaram, nos grupos do aplicativo de mensagens, receio quanto à origem das ligações.
Em resposta a essas preocupações, a 2ª Subseção resolveu reforçar a orientação de que as pesquisas são de responsabilidade dos próprios candidatos e não representam, de maneira alguma, a posição oficial da instituição. “As sondagens não vinculam advogados e advogadas inscritos e tampouco possuem valor decisório, sendo apenas um reflexo de um processo de consulta informal, muito comum durante os períodos eleitorais de entidades de classe”, observou o presidente Adílio Domingos dos Santos Neto.
Como ressaltado pelo presidente da Subseção, a prática não é nova em processos eleitorais, especialmente em eleições online, modalidade adotada este ano em 16 Seccionais da Ordem em várias regiões do país.