Durante a campanha para as eleições corporativas 2025-2027, a chapa 10, que sagrou-se vitoriosa para o comando da 2ª Subseção da OAB-ES no triênio que se inicia no próximo dia primeiro de janeiro, chamou a atenção da advocacia regional por propostas como a de implementar um programa permanente de iniciação à prática da advocacia, com novas turmas a cada entrega de carteiras, e a criação de um programa de mentoria para jovens advogados, em que iniciantes na carreira serão acompanhados por colegas mais experientes nos primeiros meses de atuação.
O objetivo, segundo informado, é contribuir decisivamente com os novos advogados e advogadas inscritos, justamente no momento em que boa parte deles estará dando os primeiros passos na prática jurídica. Como explicou a advogada Priscilla Thomaz de Oliveira, vice-presidente eleita da subseção, os planos para fortalecer a capacitação profissional da advocacia regional vão além, alcançando não somente jovens advogados e advogadas, mas, na verdade, todos os inscritos, especialmente em áreas emergentes do Direito, como tecnologia e inovação jurídica.
“Toda a advocacia necessita de constante formação, por isso, pretendemos, por exemplo, ofertar cursos e treinamentos sobre o uso de sistemas processuais eletrônicos, como ‘Pje’ e ‘Eproc’”, confirma.
Segundo explicou a futura vice-presidente, palestras e cursos sobre capacitação em marketing jurídico, gestão de escritórios e desenvolvimento de carreira na advocacia também são parte do plano de trabalho da nova gestão. Para além, haverá ainda o cuidado de desenvolver conteúdo de orientação sobre sociedades de advogados, abordando temas como organização, tributação e diferentes formas de associação e contratação, bem como ensino de qualidade sobre exploração de novas tecnologias aplicadas ao direito, como inteligência artificial e softwares de gestão, destacando as oportunidades que estas proporcionam.
“Uma instituição forte se faz com a classe forte e unida, por isso pretendemos ouvir, assistir e defender a advocacia, promover constante capacitação, criar novas comissões e fortalecer o trabalho das comissões existentes”, disse.
Priscilla destacou ainda outro ponto importante, digno de necessária atenção. Como observou, a 2ª Subseção abrange municípios com características e demandas distintas. Para assegurar que as necessidades específicas de cada localidade sejam atendidas de forma eficiente, a proposta da nova gestão é descentralizar o trabalho, promovendo reuniões e encontros nos cinco municípios – e não somente em Cachoeiro de Itapemirim.
“Pensando nisso, formamos e elegemos um conselho representativo, com conselheiros de todas as cidades que compõem a 2ª Subseção, os quais conhecem a advocacia local, estarão atentos e sensíveis às suas necessidades, o que facilitará a comunicação e a busca de soluções para as demandas”, antecipou.
A vice-presidente eleita informou ainda que a nova gestão planeja manter o engajamento da advocacia nos próximos anos por meio de eventos que serão promovidos pela subseção. “Entendemos que, como classe, em unidade, merecemos também momentos de lazer, descontração, eventos sociais e de formação. Por isso vamos criar e aproveitar as oportunidades de reunir e aproximar os colegas”, explicou. A proposta, segundo comentou, é manter e mesmo ampliar as festas juninas, o baile, o churrasco e eventos esportivos da advocacia da subseção.
Como a lista de projetos é consideravelmente extensa, Priscilla resume bem, em uma resposta, quais serão os temas tratados como prioritários pela diretoria e conselho eleitos. “Nossa prioridade é a advocacia e a defesa de suas prerrogativas. Precisamos intensificar a comunicação com a classe, entender suas demandas e garantir uma OAB que atenda a advogadas e advogados em suas peculiaridades, com relação a idades, proposições, e áreas de atuação, abrangendo todos os municípios da 2ª Subseção”.
A meta, admita-se, é nobre e merece necessário reconhecimento. Para alcançá-la, a futura vice-presidente revelou entusiasmo e disposição.
“Estou muito animada e pronta para, ao lado do presidente Henrique Tavares e todos os conselheiros, fazer uma gestão eficiente, participativa, acessível, inclusiva, que se preocupa e está compromissada com a classe. Temos que estreitar o diálogo com os advogados e advogadas, com a Seccional, com o Judiciário, desenvolver soluções conjuntas e acompanhar de perto as demandas que impactam o exercício da advocacia local.”
Publicado na revista Advocacia, edição nº 11