OAB apoia campanha para procedimento médico de advogada

2ª Subseção da OAB/ES une-se à iniciativa de arrecadação para a advogada Karina Vaillant Farias, vítima de um trágico atropelamento

A 2ª Subseção da OAB/ES está apoiando oficialmente a campanha que tenciona arrecadar a quantia de R$ 180 mil para o procedimento médico em favor da advogada Karina Vaillant Farias. Atleta apaixonada por esportes e com um histórico respeitável em corridas, Karina tem vivenciado uma luta diária desde o trágico acidente de trânsito ocorrido no dia 17 de dezembro do ano passado.

Na ocasião, ela estava correndo com um grupo de amigos às margens da BR 482, na localidade de Tijuca, em Cachoeiro de Itapemirim, quando foi atropelada e arremessada ao ar por um motorista embriagado. O condutor do veículo Volkswagen Gol, segundo noticiado à época com base em informações da Polícia Militar, não prestou socorro. Ele não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e foi encontrado em outro local, dormindo dentro do carro, cujo licenciamento havia vencido há mais de 30 dias.  

“Estou aqui hoje porque Deus me deu outra chance de viver. Eu agarrei-a com toda força e estou lutando dia após dia”, contou Karina em recente depoimento nas redes sociais.

A violência do impacto foi tamanha que a advogada sofreu traumatismo craniano, fratura exposta do fêmur e traumas na face, na clavícula e no quinto metatarso, além da perfuração de um pulmão pela costela. Ela ficou em coma por cerca de cinco dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, desde o episódio, já passou por pelo menos sete intervenções cirúrgicas.

O acidente, como é possível intuir, também deixou sequelas. Desde o atropelamento, Karina tem que tomar um antibiótico duas vezes por dia para combater a bactéria que impede a calcificação do fêmur, o maior osso do corpo humano. O diagnóstico, no entanto, não é dos mais promissores. Pelo que foi revelado pela própria advogada em um vídeo postado em suas redes sociais, o medicamento só tem surtido efeito paliativo, não conseguindo matar a bactéria.

“O problema é que a bactéria tem se tornado ainda mais resistente e agressiva”, contou. Como consequência, Karina vive atualmente um drama: não há calcificação do osso e nem combate eficaz ao microrganismo, o que impede sua recuperação.

A alternativa apresentada a advogada para combater a doença e as sequelas do trágico acidente, é a realização de um procedimento médico caro, avaliado em R$ 180 mil, que consistirá na remoção da haste implantada em seu fêmur para eliminar a bactéria. A intervenção será seguida pela aplicação de cimento ósseo com antibiótico e, como última etapa, a aplicação de um medicamento de origem finlandesa que atua na regeneração óssea e no combate a bactéria.

“Na época do acidente eu não possuía plano de saúde e o SUS não oferece o tratamento, motivo pelo qual terei que fazer todo este procedimento de forma particular” contou Karina Vaillant Farias.

Na esperança de realizar o procedimento e poder superar este momento particularmente trágico de sua história pessoal, a advogada iniciou uma campanha nas redes sociais para tentar arrecadar a quantia necessária ao tratamento.

Sensibilizados com o episódio, a diretoria e o conselho da 2ª Subseção resolveram abraçar a iniciativa e pedir a ajuda de todos que puderem contribuir. “É uma tragédia que poderia acontecer com qualquer um de nós. Tenho certeza que a advocacia regional, que é sempre solidária e participativa, não se negará a contribuir, bem como a difundir a campanha”, observou o advogado Wellington Cacemiro, coordenador da Comissão de Comunicação.

Ainda é cedo, obviamente, para mensurar quanto tempo será necessário para que a quantia seja arrecadada, mas acredita-se que a advocacia e a sociedade regional não irão negligenciar este pedido de ajuda e manifestação de solidariedade.

Para a advogada Karina Vaillant Farias, no entanto, o apoio e contribuição dos que puderem ajudar pode ser decisivo para sua plena recuperação. “Agradeço imensamente por todas as orações e carinho, bem como pelas doações de sangue que recebi. Mas, hoje venho pedir novamente a ajuda de vocês para não somente continuarem em oração, mas, àqueles que puderem ajudar, que o façam contribuindo com uma doação online”, disse.

As contribuições em dinheiro podem ser feitas por Pix para a chave: [email protected] (Banco Sicoob S.A.) ou para o PicPay: @karina.vaillant .

“Qualquer valor que possa ser doado é muito importante”, lembra o advogado Wellington Cacemiro. Como ele destaca, interessados também podem ajudar compartilhando a história de Karina no WhatsApp, Facebook, Instagram e em outras redes sociais.

“Com a bactéria vivo uma vida insegura, sem saber o que pode acontecer de um dia para o outro”, comenta a advogada. Para ela, o tratamento significará a retomada da rotina de uma vida normal, podendo andar e trabalhar livremente. Mais do que isso: poderá assegurar o sonho de uma plena recuperação e a possibilidade de, quem sabe brevemente, poder voltar a correr.